
A multicampeã Maria Esther Bueno (11/10/1939 – 08/06/2018), carinhosamente apelidada de “bailarina” do tênis, foi muito mais do que uma tenista brasileira talentosa, foi também uma verdadeira revolucionária no mundo da moda do esporte.
Seus movimentos graciosos em quadra não eram apenas reflexo de sua habilidade técnica, mas também complementados por suas roupas leves e confortáveis, que se tornaram sua marca registrada.
Nos anos 1950 e 1960, Maria Esther desafiou as convenções da época ao usar vestidos e saias curtas em suas partidas. Muitos desses foram criações exclusivas do renomado estilista inglês Ted Tinling, que desenvolveu peças que não só se destacavam pela elegância, mas também pela praticidade e conforto durante as partidas.
O estilo inovador da tenista atraiu a atenção não apenas dos fãs de tênis, mas também dos fashionistas ao redor do mundo. Suas roupas, caracterizadas por cores vibrantes, feminilidade e linhas modernas, desafiaram as normas estabelecidas no esporte, tornando-a uma verdadeira pioneira no quesito moda dentro de quadra.
Ela se divertiu, mas o comitê de Wimbledon mudou as regras depois disso, dizendo que as cores das vestimentas tinham que ser predominantemente brancas no total.
Então, ela não pôde mais usar o tipo de cor que queria”, lembrou a amiga Barbara Wancke.

Adicionando camadas e forros coloridos aos vestidos e saias brancas tradicionais, o etilista e a bailarina romperam as barreiras do visual monocromático do tênis, trazendo uma nova dimensão de estilo, cor e elegância para o esporte.
Apesar de sua ousadia e inovação, as escolhas de vestimenta de Maria Esther nem sempre foram bem recebidas. Na final de Wimbledon de 1962, por exemplo, gerou polêmica e desconforto com a organização do torneio por utilizar um vestido branco com forro cor de rosa choque. A partir disso, o Grand Slam tornou as regras de vestuário mais rígidas.
“Ela se divertiu, mas o comitê de Wimbledon mudou as regras depois disso, dizendo que as cores das vestimentas tinham que ser predominantemente brancas no total. Então, ela não pôde mais usar o tipo de cor que queria”, lembrou a amiga Barbara Wancke.
Mesmo diante de críticas, a atleta permaneceu fiel ao seu estilo único, deixando um legado duradouro não apenas como uma das maiores tenistas da história, mas também como um verdadeiro ícone da moda dentro das quadras.
