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Passo importante para o futuro das tenistas: wta anuncia plano de benefícios de maternidade inédito

Licença-maternidade remunerada e apoio à fertilidade marcam o avanço da WTA para equilibrar carreira e maternidade no circuito feminino

A WTA acaba de anunciar uma mudança histórica para o tênis feminino. Pela primeira vez, o circuito oferecerá licença-maternidade remunerada de até 12 meses para suas jogadoras. 

Essa medida inédita visa equilibrar as demandas da carreira profissional no tênis com os desafios da maternidade. A iniciativa faz parte de um novo programa de benefícios familiares patrocinado pelo Fundo de Investimento Público Saudita (PIF).

Com mais de 320 jogadoras elegíveis para participar, a medida chega para dar suporte às atletas que querem construir suas famílias sem comprometer suas carreiras de alto nível. Além da licença-maternidade, as jogadoras terão acesso a bolsas para tratamento de fertilidade.

De acordo com Portia Archer, CEO da WTA, a medida reflete a necessidade de proporcionar mais apoio às jogadoras, permitindo que decidam o momento certo para se tornar mães sem prejudicar suas carreiras. “Pode ser desafiador equilibrar as demandas físicas e emocionais de uma carreira profissional no tênis com as complexidades da maternidade e da vida familiar”, afirma Archer.

Mudança de mentalidade no esporte global

 

A WTA deu um passo importante ao trazer para o tênis feminino uma questão que já estava sendo debatida em outros esportes: o equilíbrio entre carreira e maternidade. Atletas de alto nível, como jogadores olímpicos e da NFL, vinham solicitando melhores condições para conciliar suas carreiras com a paternidade e maternidade, e agora a WTA implementa essa mudança no circuito. 

 

Com essa iniciativa, o circuito de tênis feminino demonstra não apenas apoiar as tenistas em sua jornada profissional, mas também incentivá-las a seguir seus sonhos de formar uma família. 

 

Esse avanço no esporte serve como exemplo para outras modalidades, mostrando que o equilíbrio entre carreira e vida familiar deve ser uma prioridade, encorajando outras áreas do esporte a adotar medidas semelhantes para apoiar as atletas.

Casos recentes de maternidade no tênis

 

Esta nova fase da WTA é ainda mais relevante quando pensamos em exemplos de tenistas que já enfrentaram os desafios de conciliar a maternidade com o circuito profissional. 

 

A ex-número 1 do mundo, Naomi Osaka, é um exemplo claro. Após se afastar do circuito no final de 2022 para gestar, ela retornou às quadras em janeiro de 2024. Atualmente, ocupa a 56ª posição no ranking e busca retomar sua forma e conquistar mais títulos, além dos 7 que já possui.

 

Outro exemplo é Belinda Bencic, ex-número 4 do mundo e medalhista de ouro nas Olimpíadas de 2021. Ela também fez uma pausa de um pouco mais de um ano para a maternidade. Em seu retorno, após menos de quatro meses do seu retorno, Bencic conquistou o WTA 500 de Abu Dhabi, com sua filha recém-nascida no colo, celebrando sua vitória de uma maneira única.

Tempo de mudanças 

 

O tênis exige um nível altíssimo de dedicação, tanto física quanto mental. As atletas enfrentam agendas intensas de torneios ao redor do mundo, o que demanda um comprometimento constante e, muitas vezes, limita suas opções de pausas. 

 

O fato de precisarem “dar um tempo” em suas carreiras para a gestação e a criação dos filhos pode afetar diretamente sua posição no ranking e a continuidade da vida como atleta, tornando a conciliação entre a vida familiar e a carreira um grande desafio.

 

A medida da WTA é o início de algo importante que vai além da garantia de segurança financeira, oferecendo às jogadoras a possibilidade de equilibrar suas carreiras de alto rendimento com a vida familiar, sem que isso tenha grandes impactos na continuidade da carreira. 

 

A pressão para escolher entre carreira e maternidade é uma realidade para muitas. No entanto, com essa iniciativa, fica claro que uma não precisa excluir a outra. Jogadoras poderão continuar buscando seus objetivos no circuito enquanto constroem suas famílias, recebendo apoio para conciliar ambas as jornadas.