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Mais uma estrela da nova geração, Mensik derruba ídolo Djokovic para conquistar Miami após quase desistir do torneio na primeira rodada 

A novíssima geração de tenistas da ATP deu mais uma demonstração de sua força brutal no último domingo, na final do Miami Open, com a vitória do teenager Jakub Mensik em sets diretos (7/6 e 7/6) sobre ninguém menos que Novak Djokovic. O primeiro título do tcheco de 19 anos veio em grande estilo, já em um torneio de calibre Masters 1000, no qual seu poderoso saque fez a diferença, sobretudo nos momentos mais importantes. Impressionou a forma como o novato encarou com frieza os pontos decisivos, que tradicionalmente são territórios conquistados pela experiência de Djoko e fazem do sérvio o maior da História em números absolutos.

Levando em conta o comportamento mimado de alguns destaques da geração anterior, que muitas vezes aparecem mais por polêmicas do que pelo próprio jogo, não deixa de ser um alento ver triunfar em um grande palco um tenista com a postura de Mensik. Além da cabeça fria na “hora da onça beber água”, o jovem tcheco mostrou humildade de sobra ao valorizar seu ídolo Djokovic após o match point, com um gesto das duas mãos espalmadas juntas e encostadas no peito, em autêntica reverência ao sérvio. Em seu discurso de campeão, Mensik ainda lembrou que assistir aos jogos de Djoko quando criança foi fundamental para decidir seguir carreira no esporte.

À parte o substancioso cheque de U$1.124.380,00 (quase 6 milhões e meio de reais), Mensik aparece como o vigésimo quarto melhor tenista do planeta na atualização do ranking da ATP. No entanto, tudo isso passou bem perto de ser somente um sonho de adolescente. O tcheco revelou que, antes de entrar em quadra pela primeira rodada em Miami, esteve prestes a desistir do torneio devido a fortes dores no joelho. Ao se dirigir à sala do árbitro geral para formalizar a desistência, não o encontrou por lá, provavelmente por estar em horário de almoço. Então, resolveu passar por fisioterapia para fazer uma última tentativa. Como que por milagre, se sentiu melhor após a sessão e resolveu jogar. O resto é História. E, logicamente, na premiação Mensik não deixou de agradecer ao fisioterapeuta que o recuperou, o argentino Alejandro Resnicoff. Essa geração é mesmo diferente.