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Após pavimentar mais um degrau de sua trajetória estelar em Miami, João Fonseca volta ao Brasil para descansar, se preparar para o saibro europeu e rever a namorada

Se viu um parceiro geracional, o tcheco Jakub Mensik, triunfar na final do Miami Open, João Fonseca tampouco tem muito a reclamar de seu desempenho no torneio. Ganhou dois bons jogos na chave, contra adversários pra lá de perigosos – o também prodígio estadunidense Learner Tien (6/7, 6/3 e 6/4) e o francês Hugo Humbert (6/4 e 6/3), em revanche de partida da Copa Davis ocorrida em fevereiro, vencida pelo gaulês. Foi parado somente pelo competente australiano Alex De Minaur em jogo duríssimo de três sets (5/7, 7/5 e 6/3) – um dos melhores do torneio, diga-se.

O brilho do nosso menino João foi muito, muito além das quadras. Mesmo sem tamanha pretensão, inevitavelmente circulou com ares de superstar pelo complexo do Miami Open. Ainda que seu staff tente blindar o assédio do público, fazendo escolhas que privilegiem a performance esportiva, esse é um trabalho dos mais ingratos, pois João tem carisma equivalente ao próprio talento e arrebata multidões por onde passa. E não se pode abrir mão desses fãs, que no final são os que pagam a conta estratosférica que move o circuito profissional. Até os mais céticos especialistas já se renderam. Podcasts e videocasts nos mais diversos idiomas discutem a biomecânica de sua explosiva direita. Estatísticos procuram insights nos números de suas partidas para entenderem melhor a avalanche João Fonseca. Em uma notícia assombrosa, revelou-se que Fonseca x De Minaur foi o jogo de tênis de maior audiência já registrada pela ESPN Brasil. E olha que a emissora de esportes transmitiu por anos os duelos lendários do trio Federer x Nadal x Djokovic.

De volta ao Rio de Janeiro, João Fonseca deve descansar brevemente para em seguida colocar novamente o corpo à prova em uma intertemporada de adaptação ao saibro europeu, que já começou nesta semana com eventos menores e na sequência abrange os importantes Masters 1000 (Monte Carlo, Madrid e Roma) de preparação para o ápice da terra batida, Roland Garros. Como falou em entrevista, João pretende aproveitar o período de recuperação/preparação para estar com a família e com a namorada, a estudante de Marketing e modelo Manu Noronha. Que possa recarregar as energias e voltar ainda melhor para o circuito, pilotando uma espaçonave que avança sempre em trajetória ascendente.